Aqui no
blog não damos grande relevo neste momento a sondagens: se por um
lado ainda estamos a mais de 5 meses das eleições gerais, por
outro, o carácter excepcional da Corrida de
2016 reforça as cautelas em relação às mesmas. Mais, a
eleição geral será decidida não pelo voto
nacional, mas pelo voto em cada Estado, sendo não mais de cinco os que os decisivos para a decisão final.
No entanto, olhando em detalhe para os últimas números
da ABC, NBC, Rasmussen e Fox, tiramos as seguintes
conclusões:
1. Trump esta a correr com o vento
por trás. Contrariando de novo as opiniões dos
"especialistas", num espaço de apenas um mês, Trump parece ter consolidado de forma
espectacular a grande maioria do Partido, tendo o seu apoio junto dos
eleitores republicanos crescido de 50% para o mesmo nível de apoio dos
Democratas a Hillary - à volta de 70% - passando também pela
primeira vez a fasquia de 50% os republicanos que acreditam que ele defende
os valores do Partido, quase o dobro
do valor de há um mês atrás.

2. Clinton e Trump são vistos com igual grau
de desconfiança pela maioria do eleitorado. Sintoma de um sistema
político corrupto e da grande insatisfação com a classe
governativa, Hillary e Trump tem números quase
idênticos de opiniões negativas dos eleitores. Tal parece-nos favorecer o
nosso candidato: se, por um lado, os eleitores americanos
conhecem Hillary - a figura política - há mais de 20
anos, Trump, com reconhecimento nacional quase absoluto, tem-no
pelas suas façanhas empresariais e mediáticas; como figura
política, a opinião que os americanos fazem dele é muito
mais maleável que Clinton e com grande margem de progressão. Cremos que, à medida
que muitos americanos se vão acostumando à ideia
de Trump como político sério e candidato viável à Casa
Branca, os seus números de impopularidade tenderão a
melhorar, enquanto os de Hillary muito dificilmente descerão.
3. O povo americano está mais aberto à ideia de um outsider como
líder nacional. Se, à um mês, por volta de 2/3
queriam alguém com experiência política prévia,
neste momento só metade do eleitorado assim o entende. Não sendo
este o único critério para a direcão de voto, mostra
como Trump se tornou cada vez mais aceite pelo eleitorado, para o
que não deixou de contribuir o carácter da única candidata
do establishment com hipóteses de o
vencer - Crooked Hillary.
4. Os independentes preferem Trump. Numa das melhores notícias
para Trump, este lidera largamente nas preferências dos eleitores independentes (40% para os 22% de Hillary). Muito importante
esta estatística e que terá de ser monitorizada
atentamente nos próximos meses, já que a direcção final
de voto dos independentes costuma ditar o resultado
das eleições nos estados mais renhidos, e pode fazer
a diferença em swing states como
Ohio, Pensilvânia ou Florida. Com o manto do
candidato outsider e anti-sistema, Trump tenderá a
melhorar este registo, o que o posiciona, em nossa opinião, como
favorito na eleição de Novembro.
5. Os fãs de Bernie parecem mesmo gostar de Trump.
Confirma-se que Hillary está em apuros nestas primárias e
estes não vão desaparecer enquanto Bernie continuar a
pôr em causa a sua idoneidade e capacidade para liderar o País.
Sabendo que, depois da Convenção Democrata, muita
desta acrimónia irá desaparecer, é de esperar que haja um bloco
importante de fãs de Bernie que não irão nunca votar
em Hillary nas gerais. Neste momento, 20% dos mesmo dizem que
nunca votarão em Clinton, ao passo que só 11% dos
republicanos confirmam que não apoiarão Trump em Novembro.

6. Trump tem muito trabalho a fazer com
as mulheres. E Hillary ainda mais com os homens! No que para muitos seraé uma surpresa, Hillarity perde
o voto masculino em mais de 20%, enquanto Trump perde o feminino
por pouco mais de 10%. Esta diferença abissal terá de
pôr a campanha democrata em estado de pânico - tempo para Hillary acabar
com a WaronMen?
7. Trump lidera o eleitorado mais velho,
enquanto Hillary tem dominado o eleitorado jovem. Sem surpresas
este dado, é de notar que 1/3 do eleitorado jovem ainda está indeciso ou
prefere outro candidato. Sendo que este eleitorado tem votado no
Partido Democrata, especialmente nas 2 últimas eleição, poderá
assistir-se a uma defecção este ano, o que serão boas
noticias para Trump.
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