terça-feira, 10 de maio de 2016

Trump e as mulheres


Clinton tem estado a testar o seu tom eleitoral para a campanha de Novembro e parece que vai continuar a apostar no seu maior, e
quiçá, único trunfo: a possibilidade de tornar-se a primeira mulher Presidente. Esta opção só ganhou peso com a confirmação de Donald Trump como virtual nomeado republicano.


A imprensa e os inimigos políticos de Donald J. Trump têm  interesse na perpetuação da caricatura dele como desrespeitoso para com o sexo feminino e pretendem que tal desfiguração continue até Novembro, para que o eleitorado feminino vote em Hillary em esmagadora maioria.


Primeiro ponto a notar
é que Donald Trump nunca demonstrou qualquer animus contra o sexo feminino . Sendo esta opinião controversa para muitas pessoas, passo a explicar as razões:

1. Trump contra-ataca todos os que o põe em causa de igual maneira. Quem poderá esquecer os momentos memoráveis da campanha em que Donald Trump não teve problemas em apodar alguns dos seus adversários com variados nomes, questionando inclusive a sua constitui
ção física e mental? Temos a certeza que “Littl ’ Marco”, “Lying’ Ted ” ou “Low Energy Bush” ainda não se esqueceram.


2. Donald Trump só se tornou politico há nem 1 ano. Com mais de 40 anos sob as luzes da ribalta, este empresário de extraordinário sucesso criou uma personagem pública própria e peculiar própria  para consume de massas, com vista a aumentar o seu estatuto junto do grande publico. Durante estas décadas fez milhares de entrevistas e aparições publicas que não são tradicionais para um político professional; é extremamente injusto ir buscar comentários feitos há décadas  neste contexto, com vista a atacá-lo, para provar como ele “não respeita mulheres”.


3. O caso mais badalado nesta campanha 
é a rivalidade entre Trump e a jornalista da Fox News Megyn Kelly . A razão para a insatisfação de Trump com a jornalista é simples: na primeira pergunta do primeiro debate republicano, a jornalista, numa acção barata para garantir audiências e se inserir na ribalta, trouxe de volta, fora do contexto, frases ditas pelo candidato décadas atrás.  Julgar Trump por atacar o mau trabalho da jornalista, para garantir que a sua campanha não seja julgada por perguntas tendenciosas, é fazer-se de inocente e não perceber como os media podem facilmente conduzir a opinião publica e muitas vezes decidir eleições, Mais, acusá-lo de ser sexista por tal, só porque a jornalista é do sexo feminino, é o cumulo da ma fé!


4. Vivemos em tempos extremos de luta cultural, em que a esquerda faz avançar a sua agenda não só no campo politico mas, sobretudo, no campo cultural. A ditadura do politicamente correcto , a criação de “safe spaces” nas universidades americanas ou a tentativa de evitar “micro-agressions” causadas pelo discurso, são só exemplos de estratégias de domínio do discurso aceitável e que claramente balanceiam os limitets do discurso para o lado da esquerda. Neste ambiente, um insulto ou ataque politico a uma pessoa terá peso maior ou menor, consoante, por exemplo, o alvo do ataque
é uma mulher ou homem, respectivamente. Infelizmente, a maior parte dos actores públicos e fazedores de opinião estão reféns deste jugo discursivo e ,consciente ou inconscientemente , contribuem para a sua perpetuação .

Finalmente, temos de entender a razão funda de Hillary usar e abusar deste tema na campanha, que
é o que esta a acontecer, por muito que ela e os seus acólitos neguem.

Hillary não se pode descolar, por muito desgoste, de Barack Obama e dos seus 2 mandatos na presidência. Ora, uma campanha para o terceiro mandato da presidência Obama está muito longe de lhe garantir a vitoria em Novembro: por um lado, existe o
cansaço natural do eleitorado depois de 8 anos de governação de um partido; por outro, a presidência de Obama é marcada por grandes controvérsias em áreas de politica externa e interna, que são anátema tanto para republicanos como para muitos votantes tradicionais democratas.


Hillary Clinton também não pode fazer bandeira do seu passado politico/governativo, já que este não é nada abonatório: 

1. Falhou rotundamente a reforma da saúde na década de 90 como First Lady na era Clinton ; 
2. Irrelevante como Senadora por Nova Iorque, sem legislação de peso passado, onde apoiou inclusive as invasões falhados no Iraque e Afeganistão ; 
3. Foi uma das piores Secretarias de Estados que há memoria:
a. reset falhado nas relações com a Russia , 
b. desastres estratégicos no Médio Oriente,
c. negligencia grave na invasão a embaixada em Benghzi , 
d. culminando no caso criminoso, pelo qual continua sob investigação do FBI, por por em perigo segredos de estado enquanto representante máximo do Departamento de Estado.

Com um currículo destes, o que vai Clinto fazer? Com todo o descaramento, acusa Donald Trump de sexism, faz questão de lembrar a toda a hora que é uma mulher e que tem a hipótese de fazer historia se as mulheres dos EUA a elegeram como a primeira Presidente dos EUA.



No partido Democrata, esta estratégia assenta como uma luva, já que continua a batida estratégia de segregar a população Americana por sexo, raça , salário e preferências sexuais, prometendo algo a cada bloco dito minorit
ário para ajudá-los na respective luta por emancipação …

E vão ainda mais longe: quando Trump acusa Hilary de só ter este trunfo para jogar, de que
é Trump acusado? Ora claro, de sexismo!

Deixo em baixo um dos primeiros vídeos de campanha de Hillary Clinton, já com mais de 1 ano, para tirarem as devidas conclusões …




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